terça-feira, 16 de agosto de 2011
Mauro Sandri, Preparador Físico do timão, fala sobre a morte súbita cardíaca
Por: Juliano Del Manto
Na noite do dia 30/07/2011, faleceu o atleta de Futsal Emerson Rodrigues Rocha, o Messinho, aos 38 anos de idade, vítima de morte súbita cardíaca. O jogador faleceu antes mesmo do início do jogo. O jogador foi socorrido ainda na quadra e levado para o hospital onde deu entrada já sem vida. Em quadro semelhante, o jogador José Carvalho Cunha Júnior, o Rabicó, de 39 anos, também faleceu logo após uma partida válida pela série ouro do campeonato estadual do Rio Grande do Sul. O atleta dava entrevista para uma rádio, teve um mal súbito e enfartou na quadra. Foi socorrido no local e posteriormente no hospital, mas infelizmente não resistiu.
“O que notamos no Futsal é que os clubes de ponta demonstram preocupação com o assunto, realizando avaliações e exames cardiológicos com seus atletas. Porém esta não é a realidade da maioria das equipes do Brasil. Muitas vezes, até pelo custo, atletas são submetidos a cargas elevadas de treinamento sem antes ter passado por um processo de avaliação adequado. Um simples atestado médico não é suficiente. O atleta necessita de avaliações específicas, principalmente às relacionadas ao coração”, observou.
A morte súbita cardíaca (MSC) é um evento repentino, inesperado e traumático, ocorrendo em até uma hora após os primeiros sintomas serem apresentados. Na maioria dos casos, se dá após poucos minutos. Em mais da metade dos casos, o paciente falece sem ter tido nenhum sintoma prévio. Em outros, pode ocorrer tonturas e desmaios prévios, palpitações, anginas (dores do peito) e falta de ar.
As arritmias, que em muitos casos precedem a MSC, levam a um quadro onde o paciente desmaia devido à falta de oxigenação no cérebro, pois o coração trabalha de forma desordenada. Neste caso, é necessária imediata ressuscitação cardio pulmonar e desfibrilação (uso de choque elétrico no peito através de um aparelho chamado desfibrilador). Sendo assim, é extremamente aconselhável que todos os ginásios do Brasil possuam um desfibrilador externo automático (DEA), aparelho que pode ser manuseado facilmente por qualquer pessoa, pois é autoexplicativo e pode salvar muitas vidas. “Acredito que quando falamos sobre a vida e a saúde do atleta temos que ter o máximo de cuidados possível, é fundamental que a CBFS obrigue os clubes e os órgão responsáveis a realização de exames periódicos”.
No Corinthians desde 2009, o catarinense de 24 anos, relata sua experiência no clube. “Felizmente desde que cheguei ao Corinthians em 2009, todos os atletas pasam por baterias de exames quando são contratados e posteriormente repetem os testes a cada 6 meses ou 1 ano dependendo da idade, Essa é a única forma de garantir a segurança do atleta e resguardar o clube que é seu empregador”, declarou Mauro Sandri.
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